A dor crônica é uma realidade para grande parte da população idosa do Brasil e do mundo. Decorrente dos mais variados tipos de doenças, em muitos casos a dor crônica pode ter seus sintomas reduzidos com a prática de atividade física supervisionada, na forma de musculação ou de exercícios aeróbicos. Ainda que alguns dos mecanismos não tenham sido totalmente esclarecidos pela Ciência, a recomendação do exercício para combater a dor crônica é amplamente adotada pelos profissionais de saúde.
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Estudo realizado nos EUA mostra que mais de 88% dos idosos relatam sentir dor crônica, e muitas vezes com origem não detectada e não tratada. O mesmo estudo aponta que pelo menos 20% dos idosos toma remédios contra dor semanalmente, principalmente para dores musculares ou nas articulações.
“A prescrição da musculação para aliviar os sintomas da dor crônica tem um princípio simples: sentimos dor porque determinada região está enfraquecida e vulnerável (seja uma articulação ou um grupo muscular). O exercício resistido supervisionado irá fortalecer aquela região e, com isso, eliminar o mecanismo mantenedor da dor” explica o professor de educação física Carlos Alberto A. Silva, diretor da Academia Estação do Exercício e Saúde – especializada em musculação para idosos.
Carlos Alberto acrescenta que os exercícios aeróbicos também são importantes aliados no combate à dor crônica. “Quando se pratica um exercício aeróbico, o organismo é estimulado a produzir algumas substâncias que colaboram para neutralizar ou reduzir as dores” orienta o especialista.
Embora a prescrição de exercícios para o tratamento da dor crônica seja defendida há mais de 20 anos pela literatura científica, os mecanismos ainda não são totalmente compreendidos pela Ciência. Alguns pesquisadores defendem o efeito analgésico do exercício tendo em vista a liberação de substâncias decorrente da atividade aeróbica. Algumas delas são bastante conhecidas: endorfinas, dopamina, noradrenalina, interleucinas e serotonina.
Avaliação dos alunos da Academia Estação do Exercício, realizada após seis meses de treinamento, comprovou os efeitos dos exercícios sobre a dor, relata o professor. “identificamos melhora e redução significativa da dor referida pelos alunos após a intervenção dos exercícios físicos” afirma Carlos Alberto.
Mas é preciso ter cuidado com a prática de exercícios físicos para os idosos ou pessoas com alguma patologia, alerta o professor. “Sem a supervisão de um profissional qualificado e preparado para orientar o treino de um idoso, aumentam os riscos de lesões nas articulações, de problemas com a segurança cardiovascular do aluno e com a possibilidade de intensificar a dor, justamente pela prática do exercício de forma inadequada” conclui.
Fonte SEGS
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